21 maio, 2008

[#1 = OI]


É bem difícil começar algo do nada. Conseguir concentrar todas as sensações de anos em um primeiro “oi”! Ultimamente [nos últimos vinte e quatro anos] a coleção de retalhos do dia-a-dia têm me tirado o fôlego e o tesão; por mais que a tecnologia atinga a cada minuto seu ápice, não consegui uma agulha que recole todos estes estilhaços. Então, ao invés de lhe oferecer algo pomposo [cheio de blá, blá, blá], lhe envio um pequeno souvenir textual, do qual poderia se dizer, sem injustiça, que não é cabeça nem rabo, já que tudo nele é ao contrário, uma cabeça e um rabo, alternada e reciprocamente. Só peço que leve em consideração, a conveniência admirável que tal combinação oferece a todos nós: a você e a mim . A vida realmente não é um conto de fadas e eu não farei destas linhas uma trama supérflua como algo do tipo: “Era uma vez....” ou então “... eles viveram felizes para sempre”. Retire um anel e as partes dessa pseudo-aventura voltarão a se unir sem nenhuma dificuldade. Corte em pedacinhos e vai descobrir que cada um deles tem vida própria. Na expectativa que alguma dessas fatias possa agradá-lo ou diverti-lo, ouso lhe dedicar a cobra inteira.


DESLIGADOS, CONECTEM-SE.
CONECTADOS, DESLIGUEM-SE.

por Fabrício Cardenatte
Inspirado em Le spleen de Paris
[Baudelaire]

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