20 junho, 2012

Pensamento sobre a contemporreniedade




O maior capricho é grotesco aos olhos dos cegos, dizem que veêm, mas só enxergam o que sua vaidade lhes diz.
Doravante me faço inútil neste momento, pois quem julga pelo próprio julgamento é ignorante, pois o outro se constrói a partir de seu próprio olhar. No fim todo julgamento isolado no conceito individual é injusto, porquanto, a justiça é construída no coletivo.
Junta-se conceitos de varias óticas e cria-se uma só conduta, mas ainda acreditando ser justo produz injustiça, pois pesado é o fardo que é jogado sobre as vidas que não lhes pertence.
Achando praticar justiça se faz juiz, mas este quem o é? Se não aquele que julga “ser” sobre o “Ser”, produzindo cadeias mais não estas de concreto e aço, cadeias internas. Por sua vez aqueles presos em cadeias externas, estão  presos pelas suas consciências. Destarte nós, estando “livre”,  ainda sim somos presos, e produtores de cadeias internas.
Acreditando ser justo, publicamos editais, onde salta aos olhos conceitos da constituição. Pedindo paz, respeito, igualdade vamos as ruas, clamando em branda voz o direito humano, mas ainda assassinamos com a caneta, de norte ao sul do globo terrestre. Comendo os morrinhosos bezerrinhos criados em caixa, torcendo a galinha, cuspindo nos mendigos, matando crianças africanas,jorrando agua pela calçada desperdiçamos a energia vital.
Somos seres consumidores das dores para se ter afano, alento, conforto, mas em justa medida julgamos o nosso não julgamento, desviando verbas, falando educadamente, matamos Jesus, o judaísmo, o budismo, o hinduísmo, as religiões em nome da ciência que nos mata, nos esfria, nos cega diante do conhecimento, pois conhecemos para não conhecer a ética humana a moral natural, conhecemos para julgar o não julgamento de nós mesmos.
Somos apenas humanos. Humanos morrendo.


por: Guido Campos

05 junho, 2012

A fronteira sem portões --- 43

43. O pente de bambu de Shoushan

O venerável Shoushan pegou um pente de bambu e mostrou-o à assembléia, dizendo, “Vocês pessoas de várias posições, se chamarem isto de pente de bambu ferem a regra, se não chamarem isto de pente de bambu viram as costas para a regra. Vocês pessoas apenas digam, de que chamar isto?”

Wumen diz: Chamar de pente de bambu fere a regra, não chamar de pente de bambu vira as costas para a regra. Não se pode ter palavras, não se pode não ter palavras. Diga logo, diga logo!

A canção diz:
Pegando e levantando o pente de bambu,
Ao matar fez vidas serem salvas.
Virar as costas e ferir se misturam,
Budas e patriarcas imploram por suas vidas.