28 abril, 2012


Já não posso te ver
Nem preciso te ouvir
Te sentir é uma quimera
Teu gosto
Teu cheiro
São memória
Agora
Só me resta te agir

15 abril, 2012

10 abril, 2012

Pedaços

Pedaços

Cortei em pedaços pequenos o pedaço de papel, e após observá-lo por um tempo conclui: este sou eu.


Sou de varias formas, e de mil maneiras.

Retangular, redondo as vezes quadrado.

Sou concreto, sou abstrato.


Uma incógnita, um colapso.

Sou teimoso, como o pedacinho que não sai do chão.

Destemido, flutuante como no vento, com os seus gemidos.


Sou seco, e eficaz.

Sujo e limpo.

Sou resma em pedaços das poesias e seus anais.


Cortei em pedaços pequenos o pedaço de papel, e esparramei pela casa toda, após um tempo comecei a recolher e conclui: eis eu ali.


Jogado pelos vários cantos.

Esparramado em varias direções.

Era eu ali perdido, partido, ferido.


Em mil pedaços, de mil maneiras.

Fui para fogueira, e o fogo me consumiu.

Mas aquecido morri.


Pois cada partícula era eu, não querendo me juntar, ser um todo, ser único, ter personalidade.

Enfim, me resumi nas partes tristes de minha historia para não contemplar a folha toda de almaço.