30 outubro, 2008
29 outubro, 2008
diálogo
acabei de ir no cartório.
tava pensando como todas as pessoas estão trabalhando e se esforçando pra contribuir/construir essa grande enorme merda.
é muito bizarro.
e bisonho.
as pessoas trabalham pra sobreviver.
a merda se constrói sozinha a esta altura.
as pessoas trabalham para sobreviver, com certeza.
mas é isso que faz a merda se construir.
eu acho que não. algumas pessoas fazem a merda, a maioria embarca por falta de opção
sao vítimas.
até certo ponto.
pois nem ao menos questionam.
não tem nem voz. e são totalmente manipuladas.
deixam-se manipular.
voz nem eu tenho.
mas é aquela coisa.
não dá pra encarar o leviatã.
nao dá. tá arriscando muito a tua sobrevivência física.
é vero.
a manipulação da massa só é possível por causa do medo.
cara, tô fazendo uma aula que chama técnicas de argumentação nos meios de comunicação.
a manipulação é foda. é sofisticada pra caramba.
nem precisam de violência não.
deve ser interessante.
é legal.
basicamente utilizam-se dos sentimentos da massa, não é isso?
têm várias táticas, essa é uma delas.
se utilizam muito da autoridade também.
pois é.
aproveitar-se do medo não é necessariamente pela violência.
o medo do desemprego, pra citar um exemplo mais contemporâneo e superficial.
medo da solidão. ser dissidente é foda.
ameaçam te excluir se tu nao compra tudo que eles tem pra vender.
precisamente.
de todo jeito eles tão sempre certos.
porque dominam a verdade verdadeira, que é a ciência e a técnica.
uma mentira dita mil vezes é uma verdade.
básico.
isso pra não falar dos meios de comunicação.
e tem mais, se a massa se rebelar eles apertam o nuke e foda-se.
cada vez mais prescindem das pessoas.
eles são foda.
tava pensando como todas as pessoas estão trabalhando e se esforçando pra contribuir/construir essa grande enorme merda.
é muito bizarro.
e bisonho.
as pessoas trabalham pra sobreviver.
a merda se constrói sozinha a esta altura.
as pessoas trabalham para sobreviver, com certeza.
mas é isso que faz a merda se construir.
eu acho que não. algumas pessoas fazem a merda, a maioria embarca por falta de opção
sao vítimas.
até certo ponto.
pois nem ao menos questionam.
não tem nem voz. e são totalmente manipuladas.
deixam-se manipular.
voz nem eu tenho.
mas é aquela coisa.
não dá pra encarar o leviatã.
nao dá. tá arriscando muito a tua sobrevivência física.
é vero.
a manipulação da massa só é possível por causa do medo.
cara, tô fazendo uma aula que chama técnicas de argumentação nos meios de comunicação.
a manipulação é foda. é sofisticada pra caramba.
nem precisam de violência não.
deve ser interessante.
é legal.
basicamente utilizam-se dos sentimentos da massa, não é isso?
têm várias táticas, essa é uma delas.
se utilizam muito da autoridade também.
pois é.
aproveitar-se do medo não é necessariamente pela violência.
o medo do desemprego, pra citar um exemplo mais contemporâneo e superficial.
medo da solidão. ser dissidente é foda.
ameaçam te excluir se tu nao compra tudo que eles tem pra vender.
precisamente.
de todo jeito eles tão sempre certos.
porque dominam a verdade verdadeira, que é a ciência e a técnica.
uma mentira dita mil vezes é uma verdade.
básico.
isso pra não falar dos meios de comunicação.
e tem mais, se a massa se rebelar eles apertam o nuke e foda-se.
cada vez mais prescindem das pessoas.
eles são foda.
24 outubro, 2008
BARULHO E MÚSICA
Barulho é música? Quem pode me dizer se barulho é. Música? E se as falas das pessoas falando forem. Canções? Velhas orelhas ouvem o rock e dizem: — Essa barulheira infernal não é. Música. Abaixe o volume! — berram as orelhas velhas. Mas não dá pra passar a vida ouvindo só canções de ninar. E se os carros nas ruas forem tão bons compositores quanto o vento nos bambus? E os sabiás? Música. Pode ser feita por alguém mas também se faz. Um compositor chamado John Cage disse: "Os sons que a gente ouve são. Música". O que a lavadeira faz com as roupas no tanque. O que o guarda noturno faz com seu apito. O que os dentes fazem com a batatas chips dentro da cabeça. O que fazem a chuva, o mar, a televisão, os passos, o piano, as panelas, os relógios. Tic tac tic tac. O coração. Bom bom bom bom. Uma música que não é brasileira, nem americana, nem africana, nem de nenhuma parte do planeta porque é. Do planeta todo. Fechando os olhos fica mais fácil da gente escutar. Ela.
Arnaldo Antunes, no suplemento Folhinha, Folha de São Paulo, 08/02/87
Arnaldo Antunes, no suplemento Folhinha, Folha de São Paulo, 08/02/87
23 outubro, 2008
Rumble Fish
Rumble Fish é uma história sobre juventude alienada, contada da maneira mais direta e emocional que se foi possível. Os sujeitos dentro desse reino vão de um lado para o outro, o mundo passa por eles. Eles lutam com unhas e dentes contra onde foram situados dentro da sociedade, forcando o limite das situacões que a família e a sociedade os impôs.
Ainda bem, Rumble Fish não é realistico. A violência entre as gangues é coreografada, como em Laranja Mecânica. A cada cena, Coppola procurou sem limites por aquele ângulo da camera e iluminacão que transbordam o diálogo com tanta fatalidade e pressentimento quanto lhe fora possível. O ângulo é frequentemente feito pelos lados, ou vindo por baixo, ou mesmo por cima. Há fumaca vindo dos esgotos e saindo das paredes de tijolos, nadando sobre o asfalto, se transformando numa névoa espessa ao fundo das vielas. Escadas de incêndio, corrimãos, apartamentos imundos emoldurados por luzes úmidas, sujeira, sombras onde a escuridão, o desconhecido, o indefinido estão ansiosos esperando para dominar.
A trilha sonora tem um sentimento 'oitentista' diferenciado, enquanto ao mesmo tempo se referindo saudosamente aos anos 50 e à exóticos lugares estado unidenses, como New Orleans. Onde o filme se passa? Imagens em fast-motion do sol refletindo em um grande arranha céu estão entre as cenas, enquanto os meninos derivam à toa por ruas desertas como as de uma cidade pequena . Toda o conhecimento técnico da equipe de producão - edicão de som, controle de camera, iluminacão, trilha sonora e direcão dos atores - foram empregados para nos dar a sensacão de perda de tempo e espaco. A locacão exata é na verdade Tulsa, Oklohama, que é a mitológica 'lugar nenhum', 'terra da juventude perdida', reino dos jovens que morrem antes.
Com The Outsiders e Rumble Fish, a autora adolescente S.E. Hinton criou alguns dos mais memoráveis persongens da cultura popular moderno. Ela também escreveu o roteiro de Rumble Fish em menos de duas semanas 'em um dos primeiros computadores pessoais'.
Texto original em inglês por Runkbåset (blogger) traduzido por Mariana
22 outubro, 2008
21 outubro, 2008
Jó 38-39
Jó 38
1 ¶ Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4 ¶ Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12 ¶ Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13 Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14 E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
15 E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;
16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
17 Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
19 Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;
20 Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!
22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24 Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25 ¶ Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;
27 Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29 De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?
30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.
31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Orion?
32 Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?
34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
36 Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?
37 Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,
38 Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?
39 Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,
40 Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?
41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/38
Jó 39
1 ¶ Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão suas crias?
2 Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?
3 Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores.
4 Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas.
5 Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,
6 Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por morada?
7 Ri-se do ruído da cidade; não ouve os muitos gritos do condutor.
8 A região montanhosa é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde.
9 Ou, querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral?
10 Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem? Ou escavará ele os vales após ti?
11 Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?
12 Ou fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira?
13 ¶ A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas?
14 Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,
15 E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar.
16 Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor,
17 Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento.
18 A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.
19 ¶ Ou darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço com crinas?
20 Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.
21 Escava a terra, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados.
22 Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada.
23 Contra ele rangem a aljava, o ferro flamante da lança e do dardo.
24 Agitando-se e indignando-se, serve a terra, e não faz caso do som da buzina.
25 Ao soar das buzinas diz: Eia! E cheira de longe a guerra, e o trovão dos capitães, e o alarido.
26 ¶ Ou voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul?
27 Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?
28 Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros.
29 Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.
30 E seus filhos chupam o sangue, e onde há mortos, ali está ela.
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/39
tradução Pe. João Ferreira d'Almeida, 1819 (edição Corrigida e Revisada Fiel, 1994)
1 ¶ Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
4 ¶ Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
12 ¶ Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
13 Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
14 E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
15 E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;
16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
17 Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
19 Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;
20 Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!
22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
24 Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
25 ¶ Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;
27 Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29 De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?
30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.
31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Orion?
32 Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?
34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
36 Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?
37 Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,
38 Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?
39 Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,
40 Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?
41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/38
Jó 39
1 ¶ Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão suas crias?
2 Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?
3 Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores.
4 Seus filhos enrijam, crescem com o trigo; saem, e nunca mais tornam para elas.
5 Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,
6 Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por morada?
7 Ri-se do ruído da cidade; não ouve os muitos gritos do condutor.
8 A região montanhosa é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde.
9 Ou, querer-te-á servir o boi selvagem? Ou ficará no teu curral?
10 Ou com corda amarrarás, no arado, ao boi selvagem? Ou escavará ele os vales após ti?
11 Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?
12 Ou fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira?
13 ¶ A avestruz bate alegremente as suas asas, porém, são benignas as suas asas e penas?
14 Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó,
15 E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou que os animais do campo os podem calcar.
16 Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor,
17 Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento.
18 A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.
19 ¶ Ou darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço com crinas?
20 Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.
21 Escava a terra, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados.
22 Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada.
23 Contra ele rangem a aljava, o ferro flamante da lança e do dardo.
24 Agitando-se e indignando-se, serve a terra, e não faz caso do som da buzina.
25 Ao soar das buzinas diz: Eia! E cheira de longe a guerra, e o trovão dos capitães, e o alarido.
26 ¶ Ou voa o gavião pela tua inteligência, e estende as suas asas para o sul?
27 Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?
28 Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros.
29 Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe.
30 E seus filhos chupam o sangue, e onde há mortos, ali está ela.
http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/39
tradução Pe. João Ferreira d'Almeida, 1819 (edição Corrigida e Revisada Fiel, 1994)
CHE, EL ARGENTINO
A maior bilheteria na Espanha (batendo até mesmo o
musical Mamma Mia), chega ao Brasil. Dirigido por Steven Soderbergh, traz
Benício Del Toro, vivendo o protagonista durante a Revolucão Cubana.O ator dispensa apresentacões. Ainda não ví "Coisas Que Perdemos Pelo Caminho", mas seus trabalhos anteriores, fizeram de mim uma grande admiradora do ator. Levei quase dois anos para descobrir que por trás de kilos extras e uma transformacão no visual, era ele estrelando "Medo e Delírio" ao lado de Johnny Deep. Cofirmando a sua dedicacão e versatilidade, desenvolveu um trabalho de pesquisas intenso, durante 7 anos, para a construcão desse personagem.
Soderbergh já dirigiu Del Toro em Traffic, conquistando, entre outros, os prêmios da Acadêmia de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Diretor.Che, El Argentino vem sido aclamado pela crítica pela ótima pesquisa histórica feita pelo diretor. O filme foi exibido em Cannes, e teve uma boa resposta de seu público.
Conta com grande elenco, uma interessante mistura de ótimos atores espanhóis e sul americanos:Demián Bichir como o strategista militar Fidel Castro, Rodrigo Santoro como Raul Castro; Unax Ugalde como "Little Cowboy"; Joaquim de Almeida como Barrientos (que também está em "The burning Plain" do diretor mexicano Guillermo Arriaga); Lou Diamond Phillips como Mario Monje; Franka Polente como Tania; e Catalina Sandino Moreno como Aleida, a esposa de Guevara.
Che, El Argentino, tem continuidade em "Guerrila", que narra a vida do revolucionário durante sua estada na Bolívia até seu assassinato, aos 39 anos de idade. Ambos juntos somam 4 horas de filme, e alguns críticos aconselham que à vê-las sem doses homeopaticas, assiti-las em continuidade.
O lancamento internacional do trailer desse filme é uma licão de marketing à parte. Além de incluir alguns pequenos diálogos em inglês da versão espanhola (uma producão americana filmada na lingua original é um aspecto agradável apenas fora dos EUA). O mesmo trailer não apresenta apenas o filme, como foi feito nos teatros na Espanha: inclui também a cena de Sean Penn entregando à Benício Del Toro o prêmio de melhor ator nessa edicão do Festival de Cannes.
Afinal, se a história de um velho revolucionário latino não se vende facilmente,
talvez a lenda Sean Penn o faca.
musical Mamma Mia), chega ao Brasil. Dirigido por Steven Soderbergh, traz
Benício Del Toro, vivendo o protagonista durante a Revolucão Cubana.O ator dispensa apresentacões. Ainda não ví "Coisas Que Perdemos Pelo Caminho", mas seus trabalhos anteriores, fizeram de mim uma grande admiradora do ator. Levei quase dois anos para descobrir que por trás de kilos extras e uma transformacão no visual, era ele estrelando "Medo e Delírio" ao lado de Johnny Deep. Cofirmando a sua dedicacão e versatilidade, desenvolveu um trabalho de pesquisas intenso, durante 7 anos, para a construcão desse personagem.
Soderbergh já dirigiu Del Toro em Traffic, conquistando, entre outros, os prêmios da Acadêmia de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Diretor.Che, El Argentino vem sido aclamado pela crítica pela ótima pesquisa histórica feita pelo diretor. O filme foi exibido em Cannes, e teve uma boa resposta de seu público.
Conta com grande elenco, uma interessante mistura de ótimos atores espanhóis e sul americanos:Demián Bichir como o strategista militar Fidel Castro, Rodrigo Santoro como Raul Castro; Unax Ugalde como "Little Cowboy"; Joaquim de Almeida como Barrientos (que também está em "The burning Plain" do diretor mexicano Guillermo Arriaga); Lou Diamond Phillips como Mario Monje; Franka Polente como Tania; e Catalina Sandino Moreno como Aleida, a esposa de Guevara.
Che, El Argentino, tem continuidade em "Guerrila", que narra a vida do revolucionário durante sua estada na Bolívia até seu assassinato, aos 39 anos de idade. Ambos juntos somam 4 horas de filme, e alguns críticos aconselham que à vê-las sem doses homeopaticas, assiti-las em continuidade.
O lancamento internacional do trailer desse filme é uma licão de marketing à parte. Além de incluir alguns pequenos diálogos em inglês da versão espanhola (uma producão americana filmada na lingua original é um aspecto agradável apenas fora dos EUA). O mesmo trailer não apresenta apenas o filme, como foi feito nos teatros na Espanha: inclui também a cena de Sean Penn entregando à Benício Del Toro o prêmio de melhor ator nessa edicão do Festival de Cannes.
Afinal, se a história de um velho revolucionário latino não se vende facilmente,
talvez a lenda Sean Penn o faca.
20 outubro, 2008
16 outubro, 2008
HOJE À NOITE
A Maroca Movimento Sambalizante
estará se apresentando hoje
na Av. Jk Perto da praça Sta Terezinha,
no Espaço Drinkeria,
na outra esquina da choperia Fritz.
Maroca é um conjunto de mpb da Jecatown, que se reúne desde o começo de 2008, realizando um trabalho de resgate de sambas, no intuito de propagar esse ritmo de tanto valor em nossa tradição musical. Do samba de raiz, partido-alto aos samba-rocks mais atuais, seu repertório apresenta obras de grandes cancionistas da música popular nacional do século XX e até XXI, como Noel, Cartola, Adoniran, Jorge Ben, Zeca, Seu Jorge, Vinicius, Chico Buarque, João Bosco entre outros.
Ficha Técnica:
7 Copas: Cavaquinho
Ifi!: Vocal / Pandeiro
Raí: Violão
HOJE, 20h, com um couvertzinho de tipo R$2,50.
14 outubro, 2008
behind the 00
14/10/2008 19:49:43 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
nao fala mais isso pra mim..senao nao vou falar com vc pq vc ia volta ,quer dominar..eu sou um cara ja nasceu pra ser dono..eh familiar...infelizmente pequeno burgues
14/10/2008 19:52:18 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
vc esta brigando comigo q vc sabe q aq 00 vai entrar pra historia da musica mundial hahaha
14/10/2008 19:53:04 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
manchester brasileira
14/10/2008 19:53:50 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
behind the 00
nao fala mais isso pra mim..senao nao vou falar com vc pq vc ia volta ,quer dominar..eu sou um cara ja nasceu pra ser dono..eh familiar...infelizmente pequeno burgues
14/10/2008 19:52:18 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
vc esta brigando comigo q vc sabe q aq 00 vai entrar pra historia da musica mundial hahaha
14/10/2008 19:53:04 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
manchester brasileira
14/10/2008 19:53:50 . Luis Simonetti Outromundo Marketing Cultural
behind the 00
Taubaté ganha espaço cultural independente
Na próxima sexta-feira (17/10), às 18h, o Jardim Cultural abre suas portas, trazendo para Taubaté um espaço cultural independente, dedicado à arte contemporânea produzida por artistas da região e do país. Para a inauguração, a sala de exposição recebe os desenhos do artista plástico paulistano Ulisses Garcez, enquanto na área externa acontece a discotecagem lounge com Chico Tripa Sound Resistance.
Diferente da maioria dos centros culturais do Vale do Paraíba – que priorizam a cultura popular-folclórica regional –, o Jardim Cultural é um lugar para expressão e consumo dos mais diferentes tipos de arte contemporânea, além de um refúgio para esquecer que se está na cidade.
Aberto as sextas, sábados e domingos em finais de semana alternados, a programação até o fim do ano prevê exposições e oficinas de artistas não só da região, mas também de São Paulo e Recife, Cineclube no Jardim, noite com raridades do mundo do vinil e apresentações musicais.
Criado por artistas para artistas, o Jardim Cultural reúne artistas plásticos, fotógrafos, designers, músicos, bailarinos, DJ's, paisagistas, criadores do mundo da moda e da comunicação. Cineclube com filmes lado B, oficinas das mais variadas expressões artísticas, a galeria Coisa Fina e bate-papo no bar para dar vazão e forma às idéias, tudo isso também está no Jardim Cultural.
Inauguração - A urbanização ordenada e simplificada de países como Holanda, Alemanha e Dinamarca e a memória fotográfica de uma viagem são o ponto de partida dos desenhos, no quais Ulisses Garcez explora o estilo de traço adquirido em 10 anos como editor e colaborador da revista de histórias em quadrinhos Sociedade Radioativa. Formado pela Escola de Comunicação e Artes - USP, o artista recebeu o prêmio Leonello Berti durante o 32º Salão de Arte de Ribeirão Preto, em 2007.
Coletivo de discotecagem, o Chico Tripa Sound Resistance propõe uma opção musical alternativa, ao fazer uma mistura consistente de sambas, cocos, MPBs, grooves, beats, rocks & swings. O coletivo se define ‘sem fronteiras territoriais’, pois tem colaboradores em diversas cidades como em São bento do Sapucaí (SP), Taubaté (SP), Lençóis (BA) e Recife (PE); e ‘sem fronteiras musicais’, com set lists estilos de todas as épocas e vertentes.
Serviço:
Inauguração espaço Jardim Cultural
Exposição de desenhos do artista plástico Ulisses Garcez
Discotecagem lounge Chico Tripa
Dia 17 de outubro de 2008, das 18h às 00h. R$5
Noite de música Jecatron Sound System + Combo Funk
JECATRON SS, já conhecido nas redondezas pela discotecagem fina que vem embalando as pistas da Jécatown e arredores há mais de 2 anos, a festa mais causadora do Vale traz nesta edição COMBO FUNK, banda paulistana de funk & soul original, pra deixar de cara qualquer negão com swingue e botar a galera pra dançar com suas canções únicas e sacolejantes.
Dia 18 de outubro de 2008, das 21h às 02h. Portaria R$10
Caldinho do Feijão + Cineclube no Jardim
Aos domingos, o trombonista Feijão recebe convidados no palco maior do Jardim Cultural, na jam Caldinho do Feijão, e em seguida o Cineclube no Jardim exibe filmes alternativos
Caldinho do Feijão, das 16h às 18h
Cineclube no Jardim, às 18h30, filme American Splendor - Anti-Herói Americano
Dia 19 de outubro de 2008, das 16h às 20h. Portaria R$5
Jardim Cultural
Av.Domingues Ribas, 345 - Chácara do Visconde -Taubaté.
acesse: www.ojardimcultural.blogspot.com
Diferente da maioria dos centros culturais do Vale do Paraíba – que priorizam a cultura popular-folclórica regional –, o Jardim Cultural é um lugar para expressão e consumo dos mais diferentes tipos de arte contemporânea, além de um refúgio para esquecer que se está na cidade.
Aberto as sextas, sábados e domingos em finais de semana alternados, a programação até o fim do ano prevê exposições e oficinas de artistas não só da região, mas também de São Paulo e Recife, Cineclube no Jardim, noite com raridades do mundo do vinil e apresentações musicais.
Criado por artistas para artistas, o Jardim Cultural reúne artistas plásticos, fotógrafos, designers, músicos, bailarinos, DJ's, paisagistas, criadores do mundo da moda e da comunicação. Cineclube com filmes lado B, oficinas das mais variadas expressões artísticas, a galeria Coisa Fina e bate-papo no bar para dar vazão e forma às idéias, tudo isso também está no Jardim Cultural.
Inauguração - A urbanização ordenada e simplificada de países como Holanda, Alemanha e Dinamarca e a memória fotográfica de uma viagem são o ponto de partida dos desenhos, no quais Ulisses Garcez explora o estilo de traço adquirido em 10 anos como editor e colaborador da revista de histórias em quadrinhos Sociedade Radioativa. Formado pela Escola de Comunicação e Artes - USP, o artista recebeu o prêmio Leonello Berti durante o 32º Salão de Arte de Ribeirão Preto, em 2007.
Coletivo de discotecagem, o Chico Tripa Sound Resistance propõe uma opção musical alternativa, ao fazer uma mistura consistente de sambas, cocos, MPBs, grooves, beats, rocks & swings. O coletivo se define ‘sem fronteiras territoriais’, pois tem colaboradores em diversas cidades como em São bento do Sapucaí (SP), Taubaté (SP), Lençóis (BA) e Recife (PE); e ‘sem fronteiras musicais’, com set lists estilos de todas as épocas e vertentes.
Serviço:
Inauguração espaço Jardim Cultural
Exposição de desenhos do artista plástico Ulisses Garcez
Discotecagem lounge Chico Tripa
Dia 17 de outubro de 2008, das 18h às 00h. R$5
Noite de música Jecatron Sound System + Combo Funk
JECATRON SS, já conhecido nas redondezas pela discotecagem fina que vem embalando as pistas da Jécatown e arredores há mais de 2 anos, a festa mais causadora do Vale traz nesta edição COMBO FUNK, banda paulistana de funk & soul original, pra deixar de cara qualquer negão com swingue e botar a galera pra dançar com suas canções únicas e sacolejantes.
Dia 18 de outubro de 2008, das 21h às 02h. Portaria R$10
Caldinho do Feijão + Cineclube no Jardim
Aos domingos, o trombonista Feijão recebe convidados no palco maior do Jardim Cultural, na jam Caldinho do Feijão, e em seguida o Cineclube no Jardim exibe filmes alternativos
Caldinho do Feijão, das 16h às 18h
Cineclube no Jardim, às 18h30, filme American Splendor - Anti-Herói Americano
Dia 19 de outubro de 2008, das 16h às 20h. Portaria R$5
Jardim Cultural
Av.Domingues Ribas, 345 - Chácara do Visconde -Taubaté.
acesse: www.ojardimcultural.blogspot.com
10 outubro, 2008
esta noite ZERO ZERO APRESENTA:
Com Willie Shuffle estreiando nas pick ups com DUB e Jecatron nas profundezas claustofóbicas do porão da casa. O biscoito fino da vez é Atractive and Popular, que não escutei ainda pq as caixinhas de som aqui do pc pifaram ( eu sei...sucks), e Debate que também não conheço mas muita gente que boto fé no gosto musical falou que é coisa da boa. Não percam a dobradinha DUB do willie com o drum´n´bass do kabelo, na pista do meio.
E dia 18, sábado que vem, Jecatron SS x Combo Funk!!!
07 outubro, 2008
A fronteira sem portões da escola Chan
Este é o primeiro de uma série de posts que irá compreender todo o livro "A fronteira sem portões da escola Chan" (Chanzong Wumen Guan), uma coletânea de histórias curtas Zen chinesas feita por Wumen Huikai no século XIII. A presente versão foi feita com base em três traduções para o inglês, e atualmente estou procurando alguém para revisá-la comparando diretamente com o original chinês. Segue abaixo a introdução.
A fronteira sem portões da escola Chan[1]
Chanzong Wumen Guan
por Wumen Huikai (1183-1260)
Buda diz que a mente é a fundação de sua escola, e o não-portão é o portão do Dharma. Sendo que não há portão, como então se pode atravessar? Como não ver o Caminho? As coisas que entram pelo portão não são os tesouros da família. O que é obtido por alguma razão tem princípio e fim, e assim perecerá. Contudo, grandes ditos como este já parecem levantar ondas sem vento, e cortar a carne sadia. Aqueles que se atêm a palavras inertes estão agitando uma vara para atingir a Lua, roçando um sapato quando é o pé que coça. Que têm eles a ver com a realidade como ela é?
Eu, Huikai, no verão do primeiro ano da era Shaoding (1228 d.C.), era chefe da assembléia no templo Longxiang em Dongjia, e como requisitavam benefícios, procedia aos casos dos mestres ancestrais, fazendo telhas para bater nos portões e guiar os estudiosos livremente.
Isso foi concluído e o registro foi transcrito. O texto não foi organizado de acordo com qualquer esquema, não há ordem quanto ao início ou o fim. No total formaram 48 casos.
O texto foi chamado Wumen Guan, “A fronteira sem portões”.
Se for um homem que a despeito dos perigos vai direto ao ponto, então nem mesmo o Nezha de oito braços[2] poderá impedi-lo. Mesmo se os quatro setes do céu oeste e os dois três da terra leste vierem visitar pelo vento eles poderão apenas implorar por suas vidas.[3] Se talvez hesitar, será como uma pessoa que olha através da janela alguém passar cavalgando: em um piscar de olhos já terá ido embora.
A canção diz:
O Grande Caminho não tem portões,
Existem mil estradas diferentes.
Quem passa por essa fronteira,
Anda sozinho pelo céu e pela terra.
Notas:
[1] Chan é transliteração do sânscrito Dhyana e do páli Jhana, verbete comumente traduzido por absorção meditativa ou meditação profunda. É um aspecto ou tipo de meditação, e dá nome à escola budista mais tradicional e popular da China. O termo passou para o coreano como Soen e para o japonês como Zen.
[2] Nezha é o enfant terrible da mitologia chinesa, comumente apresentado como criança ou adolescente, raramente como adulto, voando sobre argolas de fogo nos pés. Quando necessário na batalha, Nezha pode instantaneamente fazer brotar seus oito (ou seis) braços e, como ele segura uma arma em cada, é conhecido por suas ferozes habilidades de luta.
[3] Os quatro setes do céu oeste são os 28 fundadores ancestrais do Dharma na Índia, e os dois três da terra leste são os seis patriarcas do Chan na China.
A fronteira sem portões da escola Chan[1]
Chanzong Wumen Guan
por Wumen Huikai (1183-1260)
Buda diz que a mente é a fundação de sua escola, e o não-portão é o portão do Dharma. Sendo que não há portão, como então se pode atravessar? Como não ver o Caminho? As coisas que entram pelo portão não são os tesouros da família. O que é obtido por alguma razão tem princípio e fim, e assim perecerá. Contudo, grandes ditos como este já parecem levantar ondas sem vento, e cortar a carne sadia. Aqueles que se atêm a palavras inertes estão agitando uma vara para atingir a Lua, roçando um sapato quando é o pé que coça. Que têm eles a ver com a realidade como ela é?
Eu, Huikai, no verão do primeiro ano da era Shaoding (1228 d.C.), era chefe da assembléia no templo Longxiang em Dongjia, e como requisitavam benefícios, procedia aos casos dos mestres ancestrais, fazendo telhas para bater nos portões e guiar os estudiosos livremente.
Isso foi concluído e o registro foi transcrito. O texto não foi organizado de acordo com qualquer esquema, não há ordem quanto ao início ou o fim. No total formaram 48 casos.
O texto foi chamado Wumen Guan, “A fronteira sem portões”.
Se for um homem que a despeito dos perigos vai direto ao ponto, então nem mesmo o Nezha de oito braços[2] poderá impedi-lo. Mesmo se os quatro setes do céu oeste e os dois três da terra leste vierem visitar pelo vento eles poderão apenas implorar por suas vidas.[3] Se talvez hesitar, será como uma pessoa que olha através da janela alguém passar cavalgando: em um piscar de olhos já terá ido embora.
A canção diz:
O Grande Caminho não tem portões,
Existem mil estradas diferentes.
Quem passa por essa fronteira,
Anda sozinho pelo céu e pela terra.
Notas:
[1] Chan é transliteração do sânscrito Dhyana e do páli Jhana, verbete comumente traduzido por absorção meditativa ou meditação profunda. É um aspecto ou tipo de meditação, e dá nome à escola budista mais tradicional e popular da China. O termo passou para o coreano como Soen e para o japonês como Zen.
[2] Nezha é o enfant terrible da mitologia chinesa, comumente apresentado como criança ou adolescente, raramente como adulto, voando sobre argolas de fogo nos pés. Quando necessário na batalha, Nezha pode instantaneamente fazer brotar seus oito (ou seis) braços e, como ele segura uma arma em cada, é conhecido por suas ferozes habilidades de luta.
[3] Os quatro setes do céu oeste são os 28 fundadores ancestrais do Dharma na Índia, e os dois três da terra leste são os seis patriarcas do Chan na China.
06 outubro, 2008
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