31 maio, 2009
28 maio, 2009
Do Caipira à "Modernidade"
Por: Guilherme S. Zufelato
Monografia apresentada no final de 2008 como requisito para obtenção do certificado de conclusão da Faculdade de Turismo do Centro Universitário "Barão de Mauá", de Ribeirão Preto - S.P. No livro o autor aborda as modificações por que passaram os hábitos, costumes, bem como a cultura do antigo paulista desde o advento da “modernidade”, levando também em consideração os efeitos do movimento modernista, e de todo o processo de modernização proveniente das grandes revoluções. Aponta, num primeiro momento, a vida do caipira antigo, suas características e peculiaridades, seguindo por uma breve revisão bibliográfica que nos mostra os caminhos pelos quais a “modernidade” vem a isso tudo modificar e, posteriormente, abarca o importante aspecto do conceito de “memória” em prol do Turismo, com a função de resgatar toda esta mesma cultura caipira, agora reinterpretada pela era moderna. Um livro interessante e bem estruturado, necessário para a compreensão histórica de nossos tempos modernos desde outrora.
Livro vendido em: http://clubedeautores.com.br/book/1669--Do_Caipira_a_Modernidade
Monografia apresentada no final de 2008 como requisito para obtenção do certificado de conclusão da Faculdade de Turismo do Centro Universitário "Barão de Mauá", de Ribeirão Preto - S.P. No livro o autor aborda as modificações por que passaram os hábitos, costumes, bem como a cultura do antigo paulista desde o advento da “modernidade”, levando também em consideração os efeitos do movimento modernista, e de todo o processo de modernização proveniente das grandes revoluções. Aponta, num primeiro momento, a vida do caipira antigo, suas características e peculiaridades, seguindo por uma breve revisão bibliográfica que nos mostra os caminhos pelos quais a “modernidade” vem a isso tudo modificar e, posteriormente, abarca o importante aspecto do conceito de “memória” em prol do Turismo, com a função de resgatar toda esta mesma cultura caipira, agora reinterpretada pela era moderna. Um livro interessante e bem estruturado, necessário para a compreensão histórica de nossos tempos modernos desde outrora.
Livro vendido em: http://clubedeautores.com.br/book/1669--Do_Caipira_a_Modernidade
26 maio, 2009
Jécatown: Em meio a cidades mortas-vivas
(com os devidos cumprimentos a Aluísio de Azevedo e J. G. Ballard)
Taubaté Shopping, sábado à noite, concentração de população de classe média-baixa em ambiente estimulante ao consumo. Elevadíssima taxa de automóveis por habitante registrada em lócus de ruas estreitas. Afluência constante de produtos da indústria cultural de qualidade duvidosa nos meios de comunicação alimentando a mente dos cidadãos. Pavimentação, construções e encanamentos sobre terrenos brejeiros. Vira-latas e alcoólatras perambulando na madrugada. Alto índice de jovens viciados em crack em todas as camadas sociais. Bezerros lactantes separados da mãe correndo ao longo das cercas na estrada de chão. Prostituição homossexual em localidades centrais. Esmola como prática comum e instituída. Roubo de dinheiro público sistematizado em obras e projetos. Ladrões de galinha e tênis importado, psicopatas e criminosos de maior status superlotando os presídios. Orçamento anual da prefeitura em torno de 780 milhões. Espessas camadas de lixo psíquico e material. Fábricas e zona rural com produção predatória cercando o acúmulo suburbano. Helicópteros em exercício militar cortando os céus. Desperdício agrário, humano e monetário. Criação de gado para o abate em amplos terrenos. Larvas de besouro em caixas escuras utilizadas para a alimentação de peixes e pássaros. Apatia letárgica crônica generalizada.
Estufa jéca: ninguém entra, ninguém sai.
Taubaté Shopping, sábado à noite, concentração de população de classe média-baixa em ambiente estimulante ao consumo. Elevadíssima taxa de automóveis por habitante registrada em lócus de ruas estreitas. Afluência constante de produtos da indústria cultural de qualidade duvidosa nos meios de comunicação alimentando a mente dos cidadãos. Pavimentação, construções e encanamentos sobre terrenos brejeiros. Vira-latas e alcoólatras perambulando na madrugada. Alto índice de jovens viciados em crack em todas as camadas sociais. Bezerros lactantes separados da mãe correndo ao longo das cercas na estrada de chão. Prostituição homossexual em localidades centrais. Esmola como prática comum e instituída. Roubo de dinheiro público sistematizado em obras e projetos. Ladrões de galinha e tênis importado, psicopatas e criminosos de maior status superlotando os presídios. Orçamento anual da prefeitura em torno de 780 milhões. Espessas camadas de lixo psíquico e material. Fábricas e zona rural com produção predatória cercando o acúmulo suburbano. Helicópteros em exercício militar cortando os céus. Desperdício agrário, humano e monetário. Criação de gado para o abate em amplos terrenos. Larvas de besouro em caixas escuras utilizadas para a alimentação de peixes e pássaros. Apatia letárgica crônica generalizada.
Estufa jéca: ninguém entra, ninguém sai.
13 maio, 2009
07 maio, 2009
pigarro
Sou a complicação do implante metálico corporal.
Sou o vazamento crítico da usina nuclear.
Sou o metabolismo em funcionamento constante alimentado pela rede de impulsos elétricos e estímulos sensoriais.
Sou a busca pela vida artificial, o espírito binário encarcerado nas telas luminosas.
Sou a fome da família revirando os montes do lixão.
Sou a obsessão do magnata imperialista com a boca cheia de comprimidos.
Sou o produto da agricultura extensiva industrializado empacotado nas prateleiras dos supermercados.
Sou a garganta ressequida e os olhos fundos avermelhados.
Sou os detritos acumulados no fundo do tanque do automóvel.
Sou o saco plástico abarrotado esmagado no caminhão de lixo.
Sou a liturgia sagrada, a erudição maléfica, a guerra entre as tribos e o poder da pólvora.
Sou o desejo sexual induzido pela imagem plana da celebridade, a fomentação e a frustração do sonho de consumo, a observação passiva da sociedade do espetáculo.
Sou o crime, o vício e a inclusão digital.
Sou a formação acadêmica em engenharia do caboclo na ponte sobre o rio poluído.
Sou a melancolia do jeca.
Sou o vazamento crítico da usina nuclear.
Sou o metabolismo em funcionamento constante alimentado pela rede de impulsos elétricos e estímulos sensoriais.
Sou a busca pela vida artificial, o espírito binário encarcerado nas telas luminosas.
Sou a fome da família revirando os montes do lixão.
Sou a obsessão do magnata imperialista com a boca cheia de comprimidos.
Sou o produto da agricultura extensiva industrializado empacotado nas prateleiras dos supermercados.
Sou a garganta ressequida e os olhos fundos avermelhados.
Sou os detritos acumulados no fundo do tanque do automóvel.
Sou o saco plástico abarrotado esmagado no caminhão de lixo.
Sou a liturgia sagrada, a erudição maléfica, a guerra entre as tribos e o poder da pólvora.
Sou o desejo sexual induzido pela imagem plana da celebridade, a fomentação e a frustração do sonho de consumo, a observação passiva da sociedade do espetáculo.
Sou o crime, o vício e a inclusão digital.
Sou a formação acadêmica em engenharia do caboclo na ponte sobre o rio poluído.
Sou a melancolia do jeca.
05 maio, 2009
A Fronteira sem Portões --- 7
7. Zhaozhou e a lavagem da tigela
Um monge disse a Zhaozhou, “Acabo de entrar neste monastério. Peço ao mestre que me dê instruções”. Zhou disse, “Você não comeu sua papa de arroz?”. O monge respondeu, “Sim, comi a papa de arroz”. Zhaouzhou disse, “Então vá lavar sua tigela”. Naquele momento o monge teve um lampejo de consciência.
Wumen diz:
Quando Zhaozhou abre sua boca pode-se ver suas entranhas. Expõe sua consciência ao monge, que ouviu o assunto mas não verdadeiramente: confunde o sino[9] com um vaso.
A canção diz:
Apenas agir com muita distinção
Retarda a multiplicação dos ganhos.
Se soubesse que a lanterna é fogo
O arroz não levaria tanto tempo para ser cozido.
[9] O sino tocado nos templos chineses se parece com um vaso redondo.
Um monge disse a Zhaozhou, “Acabo de entrar neste monastério. Peço ao mestre que me dê instruções”. Zhou disse, “Você não comeu sua papa de arroz?”. O monge respondeu, “Sim, comi a papa de arroz”. Zhaouzhou disse, “Então vá lavar sua tigela”. Naquele momento o monge teve um lampejo de consciência.
Wumen diz:
Quando Zhaozhou abre sua boca pode-se ver suas entranhas. Expõe sua consciência ao monge, que ouviu o assunto mas não verdadeiramente: confunde o sino[9] com um vaso.
A canção diz:
Apenas agir com muita distinção
Retarda a multiplicação dos ganhos.
Se soubesse que a lanterna é fogo
O arroz não levaria tanto tempo para ser cozido.
[9] O sino tocado nos templos chineses se parece com um vaso redondo.
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