Imagine um "Big Brother Brasil" às avessas, onde quem é observado é um Representante Público (o que ainda não significa Gestor Público no Brasil), em rede nacional, cercado de cameras.
Horas dedicadas ao simples convívio entre 14 essencialmente políticos.
- Como esta é uma brincadeira mental, fique à vontade para escolher seus 14 "brothers" -
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Todos tem direito a um celular, notebook e acesso à internet.
Tudo, obviamente, captado pelo perfeito sistema de câmeras, som e um tipo de keylogger (um espião virtual que "grava" tudo que é acessado pelo usuário: páginas, e-mails e tudo que for feito no computador).
Todos passam por provas de resistência: física e moral.
Toda semana há duas provas: uma para definição do líder e outra para o anjo.
O líder tem o dever de, em 7 dias, viabilizar projetos sociais importantes; necessitando da participação de todos os brothers na elaboração conjunta de planos de ações a serem apresentados para a sociedade e para o "Governo".
O anjo poderá "salvar" um brother que por algum motivo (como ineficiência), não tenha concluído sua missão no plano de ações. Ele poderá salvar o próprio líder de ir para o paredão, mas não poderá salvar a si.
As provas apresentam situações em que o Representante é avaliado quanto às suas competências profissionais: capacidade empreendedora e de planejamento, liderança, respeito, conhecimento nas áreas afins a atividade (sociologia, direito, comunicação e especialmente administração, essencialmente pública), assim como a qualidade e quantiadade de projetos cuja a finalidade é pública, que executou ao longo de sua carreira e formação.
Também serão avaliadas questões éticas através de testes de comportamento, elaborado pelos maiores "psicólogos sociais" e pelo público.
Os que receberem avaliação negativa do público estarão no "Paredão", a CPI essecialmente popular, onde todos os cidadãos podem votar em quem que deverá sair do BBB e ir para a escola.
Sim, além de perder o cargo e não poder participar de eleições por cinco anos, o "ex-bbb" terá que cumprir uma longa jornada na escola, sendo treinado e instruído em seus pontos fracos, além de (re)avaliado.
Seu diploma é uma "certificação" (ou habilitação) para atuar na Administração Pública, com validade determinada no prazo de quatro anos. Para renovação é necessário apresentar periodicamente os quadros de avaliação, bem como realizar as provas. Ao final dos quatro anos realiza a prova final.
Já os brothers que tiveram bom desempenho são gratificados com verbas dos patrocinadores para a viabilização de parte do plano de ações.
O vencedor recebe o direito a ser candidato à presidência.E após todas estas provas públicas este "herói" (como diria Bial) poderá honrar a profissão de Gestor Público, assim como de Representante.
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O duplipensar de Orwell, ou Eric Arthur Blair, já provocava o cérebro em 1949 (ano da publicação do livro "1984"). Agora, em 2008, na Revolução dos Bichos em que se vive, o Grande Irmão ganha papel central nesta discussão de público e privado, onde o "nunca neste país" gera uma "distopia" entre aqueles que (assim como a autora deste pensamento) mais que acreditar e ter "esperança" procuram meios de "fazer".Mesmo que, no momento, seja apenas pensar. E neste caso, jamais duplipensar.
Este texto também foi publicado nesta mesma data no blog www.gestaopublicaeficiente.blogspot.com
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5 comentários:
ia ser magnifico um BBB desses, mas acho que nao ia ter um vencedor nao, nosso pais ta precisando de mais educação pra ver se daqui um tempo aparece algum gestor competente...
teoria é ação --- mas o buraco é mais embaixo
Mas sem sombra de dúvida falta educação.
De quem é votado e de quem vota!!!
Cabe a nós exigir políticos mais qualificados... e exigir mecanismos de se optar pelo NULO (o que proponho da comunidade do Gerente de Cidade, que o voto nulo seja um instrumento de protesto).
Quanto à posição do buraco... enfim, ele pode ser grande, feio e fedido. Mas todos precisam fazer a sua parte. Gestão Pública não é feita so por políticos, é feita em nivel local e individual.
Quanto você faz para viver num mundo melhor?
Crítica pela crítica não muda nada.
A mudança é inevitável -- tudo está em mudança constante. Mas política é jogo de interesses, nada além disso. O que faço? Medito.
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