17 janeiro, 2007

urbe jéca

Umberto Eco redigiu em algum momento do século passado uma teoria que dividia as pessoas em apocalípticos e integrados. Nunca fui pesquisar a fundo o que vêm a designar essas denominações, mas imagino com alguma base que os apocalípticos vêem as tecnologias e a difusão da cultura de massa como destrutivos à arte e à tradição, nivelando a produção por baixo, em favor do comércio, promovendo uma visão acrítica e superficial do mundo ao transformar a arte em produto, enquanto os integrados se empolgam com as possibilidades da modernidade e a democratização da alta cultura. Pessimistas e otimistas, a grosso modo. Hoje, em plena pós-contemporaneidade, percebe-se que essas posições são duas faces da mesma moeda e não atingem a essência da questão. Mas alguém ainda se lembra qual é a questão?

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