29 dezembro, 2009

A fronteira sem portões --- 15

15. Os três açoites de Dongshan

Dongshan foi se entrevistar com Yunmen, que lhe perguntou, “De que lugar você vem?”.
Shan disse, “Chadu”.
Men perguntou, “Em que lugar esteve no verão?”.
Shan disse, “No monastério de Baoci, na província de Hunan”.
Men disse, “Quando você saiu de lá?”.
Shan disse, “No dia 25 do oitavo mês”.
Men disse, “Eu lhe poupo de três açoites com o bastão”.
No dia seguinte Dongshan voltou a subir e perguntou, “Ontem recebi do venerável o perdão de três açoites com o bastão. Não entendo, por que lugar deveria passar?”.
Men disse, “Seu saco de arroz cozido, o que o faz vaguear pelas províncias de Jiangxi e de Hunan?”. Nisto Shan teve uma grande percepção.

Wumen diz:

Naquele momento, Yunmen deu o genuíno alimento que cabia a Dongshan, o fez distinguir a existência do caminho único da vida, não o deixou sozinho na casa de Men. Por toda a noite Shan esteve no oceano da disputa do certo e errado. Não chegou a lugar algum, até a alvorada. Novamente ele perdeu sua concentração. Dongshan então foi direto e teve a percepção, sua natureza não era tão árida. Agora eu pergunto a todos, Dongshan merecia os três açoites com o porrete ou não? Se disser que merecia, então toda a selva de grama e árvores também merece o açoite com o porrete. Se disser que não merecia, sucede que Yunmen estava mentindo. Se clarear dentro de si, se juntará a Dongshan em uma respiração.

A canção diz:

A leoa ensinava ao filhote truques fascinantes,
Tentando pular para frente hesitou e tropeçou;
Sem parar ali, falou novamente e conseguiu.
A primeira flechada foi suave, mas a seguinte foi profunda.

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