01 setembro, 2009

Fronteira sem portões --- 11

Zhou investiga o mestre eremita

Zhaozhou foi até a morada de um mestre eremita e perguntou, “Tem algum, tem algum?”. O mestre levantou seu punho. Zhou disse, “Água rasa não é lugar para ancorar um navio”. E foi embora.
Indo à morada de outro eremita, ele perguntou novamente, “Tem algum, tem algum?”. Este eremita também levantou seu punho. Zhou disse, “Capaz de perdoar, capaz de tomar, capaz de matar, capaz de salvar”, e prostrou-se respeitosamente.

Wumen diz:

O punho foi igualmente levantado nas duas vezes. Por que um foi aceito e o outro não foi aceito? Diga, onde está o erro? Se de dentro puder dizer uma palavra de mudança, então verá que a língua de Zhaozhou não tem ossos e, com grande liberdade, tanto ajuda a colocar no lugar como vira de cabeça para baixo. Contudo, como ajudar a investigação de Zhaozhou para desvelar os dois mestres eremitas? Se disser que um eremita era superior ao outro, você não possui o olhar do conhecimento. Se disser que um não era superior ao outro, você também não possui o olhar do conhecimento.

A canção diz:

O olho como uma estrela cadente,
O pensamento como um relâmpago,
Uma lâmina que mata uma pessoa,
Uma espada que salva uma pessoa.

Nenhum comentário: